Esta é a mínima informação sobre a nossa
História que precisa de ser compilada por escrito e ser divulgada.
Com a vossa presença aqui, tereis mais
conhecimentos acerca deste povo cuja riqueza cultural representa 90 por cento
das peças expostas nos museus de Luanda, Benguela, Huíla e símbolos da cultura angolana
no exterior do País, com destaque para as estatuetas Samanhonga (o pensador) e
Mwana-Pwo (a máscara feminina).
A nossa aposta está na recuperação,
valorização e divulgação da nossa identidade cultura e publicação da nossa
História.
Somos Tchokwe e não Lunda-Tchokwe como
hoje nos chamam. Do Lundu-nhi-Senga até aos territórios que ocupamos em Angola,
na Zâmbia, no Congo Democrático, Tanzânia e Moçambique somos povo Tchokwe. Os
lunda falam lunda e têm a sua identidade cultural (danças, música, artesanato,
etc.); assim como os luvale também têm aquilo que os identifica e os diferencia
dos Tchokwe e lunda. Os lundas não dançam chianda, muwango, chikapa; não têm
palhaços como chikungu, katwa, chihongo, kalelwa, chitenu; os seus hábitos
alimentares são diferentes dos nossos. Logo nada nos confunde com os lundas,
apesar de termos a mesma área de origem (Lundu-ni-Senga).
No passado recente fomos chamados de
quiocos, nome que não nos identificava; hoje chamam-nos de lunda-Tchokwe, uma
forma de deturpar a nossa identidade.
Dar a conhecer a história e a origem de um povo, a sua cultura e costumes é manter sempre as suas raízes vivas. Já conhecia a figura do "Pensador" mas desconhecia a sua origem! Continuem e parabéns,pelo texto. Gostei!
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